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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lágrimas em poemas

O louvor é a linguagem dos peregrinos, dos esperançosos, dos sofridos, dos intrépidos, dos mansos, dos pacificadores, dos mártires, dos contritos, dos misericordiosos, dos puros e de todos os que têm fome e sede de justiça.

Quando Horatio Gates Spafford (1828—1888) recebeu de sua adorada esposa Ana o conciso telegrama com as palavras “salva sozinha” — pois todas as suas quatro filhas tinham perecido na colisão do S. S. Ville du Havre com outra embarcação em pleno Atlântico, em 1873 — seu coração quase se espatifou de tristeza. Mas, passando de navio por perto do local da fatalidade algumas semanas depois, escreveu a letra da que se tornaria uma canção imortal: It is well with my soul (a conhecida Sou feliz com Jesus, nº 398 do Cantor Cristão):

Se paz a mais doce me deres gozar
Se dor a mais forte sofrer
Oh seja o que for, tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou!

Detendo-se um pouco o olhar neste homem, podemos contemplar em sua tragédia um quê de belo: o conforto amoroso, o carinho benevolente, o sorriso calado do Pai de toda consolação.

Por maior que seja o pesar, o Senhor concede aos seus filhos toda força para transformar mal em bem, lágrimas em poemas, perda em superação. O choro de Spafford se converteu numa bela sinfonia de amor, cujas notas têm tocado gerações de cristãos por mais de um século. Daqui a cem anos, se Cristo Jesus não tiver voltado, os crentes de lá ainda se lembrarão de que Deus consolou o coração de um pai, e O glorificarão por isso.


© Imagem e mais sobre Spafford aqui.

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